sábado, 20 de julho de 2013

Céus, que necessidade absurda é esta de escrever, de libertar-me de não sei o quê, de silenciar a alma, mas o corpo pede para chorar e gritar e preencher esse imenso espaço vazio que ser forma dentro de mim o tempo todo me dizendo: "Grita, grita com todas as tuas forças e serás ouvida!" e eu insistindo que tudo isso não passa de uma mentira ensandecida para me fazer acreditar que, tudo o que era verdade, mesmo sabendo que eram as mais sórdidas mentiras, poderiam se tornar a minha única realidade capaz de me fazer de novo aquela pessoa, que, mesmo tão perdida, tão insana, tão complexa, cheia de segredos, de dores e lamentos, de palavras de vazio e de silêncio, não sabendo quem eu era, mas sabendo que o meu destino era divagar por um abismo profundo onde eu estava perdida, sem rumo, sem norte, criatura tão vulnerável, sensível, que viveu em um tempo de propensão, obscura e perturbada que acreditava na própria insanidade e amava, completamente sem pudor, as palavras e tinha o impulso de a ousadia de fazer amor com elas desejando gerar lucidez de pensamentos para simplesmente encontrar-se e colocar alma e corpo em um só lugar? 
Sinto que, quando eu estava mais perdida, era quando eu estava mais próxima de mim.
Voltei, porque senti saudade de mim...
°Broken°