terça-feira, 24 de fevereiro de 2009



Vivo (sobrevivo) num lugar entre o céu e a terra.
Um lugar mágico, onde acontecimentos inacreditáveis se tornam reais.
Um lugar onde coloco como oferenda minha vida,
Desejando em troca apenas o ar para respirar...
Onde eu posso abrir meus olhos
E vislumbrar a criação e as criaturas...
Onde posso fechar meus olhos
E viajar em sonhos, em pensamentos...
Onde repousa meu corpo e minha alma...
Onde há sofrimento, angústia, dor...
Onde há carinho, amizade... amor...
Onde tudo o que possuo, pertence a terra.
Das lágrimas, aos anos de uma vida, de um objeto
Que escapa da mão à vida...
Naturalmente a gravidade da terra “quer” tudo, para si...
Mas há o céu, que tende a “querer”
Um pouco de mim... O a terra não tem o poder de absorver:
Minha alma... e o que nela contém.
Pensamentos, lembranças, sentimentos.
Quem nunca ouviu a expressão: “voar em pensamentos”...
De uma forma lúdica, alma é leve o suficiente para ir além,
Ou onde desejar.
Assim, enquanto sobrevivo, pertenço a esses dois mundos...
Meu corpo a terra, minh’alma ao céu.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009



Hoje, apetece-me falar sobre o dia que finda...
Hoje, apetece-me falar sobre o crepúsculo do entardecer...
Daquele instante em que o azul do céu se mistura a escuridão da noite...
Hoje, apetece-me falar de mim...
Da agonia da luz e das sombras que lutam por um instante de minh’alma...
Um instante... só um.
É nesse “instante” que me sinto feliz...
Onde a luz e a escuridão são permitidas coexistirem no mesmo lugar, ao mesmo tempo...
Onde posso enxergar minhas alegrias do passado misturadas à tristeza e a dor do meu presente...
Onde posso contrapô-las e avaliá-las...
Onde posso ser capaz de sorrir e de chorar... e até de esquecer...
Por um instante... ao menos um.. apenas um.
No instante em que o azul do céu da minha alma se mistura a escuridão da dor da minha tristeza...
Desejo ardentemente ser plenamente feliz... Como já fui um dia.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Não me acordes do meu pesadelo... e eu não o acordarei do teu sonho.
Mas se me acordares sem previstos, não te assustes nem por mim, nem por ti...
Serão apenas meus fantasmas perturbando teu sono.
Minha tristeza que é involuntária, não se culpe por ela... e eu não culpar-me-ei. Então, assim o será e assim estará tudo bem!
Nada consegue ser tão bom e perfeito a ponto de dissolver a tristeza que habita minh’alma. Tudo está sempre insuficientemente inacabado, imperfeitamente vazio...
Minha tristeza é só minha. Sou apenas “eu”. Clausura de mim mesma!
Só (não solidão), apenas silêncio...
(°broken°)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009


...tá doendo. Chorei a noite toda...
Sem mais.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

“Onde há sofrimento há terreno sagrado.”
Aqui jaz minha alma...

Sinto-me frágil, parece que vou quebrar ao menor toque...
Ou a qualquer palavra.
Falta-me força para continuar.
Por que? Se tudo parecia bem!
Parecia...
Caminhos tortuosos que me confundem, ou apenas querem
Que eu simplesmente não esqueça que existe amor e felicidade
Em algum lugar...
Mas onde?
Será um crime buscar a plenitude?
Ao menos a plenitude do meu ser...
Uma alma foi dilacerada e grita desesperadamente pela libertação!
Incansavelmente busco um lugar onde posso deixar minhas letras sangrando... descansando do sofrimento da lembrança...
Deixo minhas letras, palavras, pensamentos e alma aqui!
“Onde há sofrimento há terreno sagrado.”
Aqui jaz minha alma...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009



Tentar e errar, mas não desistir de tentar...
Desistir e errar, mas não deixar de tentar...
Tentar e desistir, mas não deixar de errar...
Deixar e errar, mas não desistir de tentar...
Errar e tentar, mas não deixar de existir...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Recebi este texto por e-mail, faz um tempo.
Mas cabe perfeitamente aqui e agora! Vide:



Fôda-se por Millôr Fernandes
(adaptado)
Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma pessoa melhor.
Reorganiza as coisas. Liberta-me."Não quer sair comigo?! - então, foda-se!""Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! - então, foda-se!"
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.
Prá caralho, por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que Prá caralho? Prá caralho tende ao infinito, é quase uma expressão matemática...
No gênero do Prá caralho, mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso Nem fodendo!. O Não, não e não! e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade Não, absolutamente não! o substituem.
O Nem fodendo é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida.
Por sua vez, o porra nenhuma! atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional.
Há outros palavrões igualmente clássicos. / Pense na sonoridade de um Puta-que-pariu!, ou seu correlato Puta-que-o-pariu!, falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer puta-que-o-pariu! dito assim te coloca outra vez em seu eixo.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: Fodeu!. E sua derivação mais avassaladora ainda: Fodeu de vez!. Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?
Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e autodefesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? Fodeu de vez!.



Precisa mais? ...hehehe

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009



Ah! Se pudesses ouvir o som do meu silêncio...
Ouvirias todas as minhas perguntas
E encontrarias todas as suas respostas...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009


Vago pelas ruas,
pelas linhas da vida,
pela escuridão da noite
Esperando que “ela” me encontre.
Sinto-me estranhamente randômica...
Não é dito que há um destino?
Por duas vezes senti sua presença,
Mas “ela” disse:
“Ainda não!”
Enquanto isso,
Finjo viver.
Finjo que a dor não corrói minha alma,
Que sou capaz de sobreviver e dominar a minha demência e a deste mundo...
Mas quem eu sou?
Eu?
Sou apenas mais uma insana n’ele!
Afinal, somos todos...
...
Então “ela” virá me buscar. E eu me deitarei nos braços “dela”
...e “ela” acariciará meus cabelos, como uma mãe que zela por sua criança,
E dirá: “Você não vai sofrer, eu prometo”...
E eu fecharei meus olhos, meu sorriso brotará dos meus lábios, e finalmente,
A dor desaparecerá e eu irei feliz...
...
...E sempre haverá o sol que insiste em nascer iluminando a vida,
E sempre haverá a noite
(que amo tanto),
Sorrateira
Reinando sobre os leitos dos que almejam por mais um dia...
A vida continuará seu curso....
Sempre.
...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009