quinta-feira, 15 de outubro de 2009


Breathe

Deixei-o ir, pouco a pouco.
Afinal, de nada servia mantê-lo dentro em mim.
Doía mantê-lo, contorcia-me com sua presença e com sua falta.
Para quê retê-lo?
...
Se ele voltaria para mim sempre e sempre, em aromas diferentes
E eu o saborearia em minhas entranhas de todas as formas possíveis?
Para quê apressar-me?
Esperei o momento exato.
....
Então, abri todo o meu ser para que pudesse estar em mim novamente.
Enchi minhas mãos e meus olhos e dele provei mais uma vez
Toda a sua plenitude.
Senti um pouco a vida.
E ele era a vida.
...
Era um preenchimento do que antes, não tinha nada.
Gostava dele em mim.
Fechei meus olhos.
Hora de ir. De novo.
Breathe... again...
...