quarta-feira, 9 de setembro de 2009

"De passagem."


Pensei na vida,
E na ausência dela.
Não exatamente na morte (ausência completa),
Mas na vida em todo o seu contexto,
Em toda sua plenitude,
Em toda a sua perfeita imperfeição.
Pensei na morte.
E na ausência dela.




A vida.
Tu vives e morres um pouco a cada dia.
Não aquela morte do fim, mas o fim de cada dia. É inevitável.
Flertaste com a morte, eu sei, mas ela nunca olhou diretamente para ti..
Ela evitou teus olhos, mas sempre esteve sempre atenta às tuas atitudes.
Ela espera, apenas, o momento que tu venhas a distrair-te com a vida,
Para tomar-te em seus braços e apossar-se do que lhe é de direito:
"A própria vida."
Não aconteceu. Ainda. Obviamente.

A morte.
Ela avança sorrateira, um pouco a cada dia.
Há que se viver teu dia como se fosse o prelúdio para o próximo amanhã,
Vive-o com toda a plenitude e imperfeição que lhe é de direito.
Use-o com sabedoria, pois a vida olha e sorri diretamente para ti,
E está atenta às tuas atitudes e ao momento.
Se este dia se foi,
Morreu.
Mas não será esquecido. Só não existirá mais.
Caberá somente a ti escolher se a morte do teu dia será com um sorriso
Ou com uma lágrima.
A morte faz parte da vida e a vida faz parte da morte.
A morte de cada dia.
Acontece todo o dia.