"A boca mantém silêncio para ouvir o coração." - Alfred de Musset
Falar é uma arte.
As palavras têm o poder de construir ou de destruir. É necessário saber dizer as palavras certas no momento certo. Não é fácil saber o que dizer, onde e quando, até porque a maneira de ser de cada humano é diferente. O domínio do pensamento ao proferir as palavras é apreciada ao levar uma mensagem clara, objetiva, inteligível e que desperte o interesse imediato e não canse o interlocutor. Não existe coisa pior do que pessoas prolixas, que não sabem se expressar com objetividade.
Porém, mais importante e mais difícil que dominar a arte de falar, é dominar...
"A arte de calar..."
Não é fácil calar as palavras, principalmente para aqueles que têm um temperamento mais impetuoso ou mais espontâneo, mas como em tudo na vida primeiro há que decidir fazer e depois por em prática e ir corrigindo a rota sempre que se sai um bocadinho do que se traçou. Ninguém é perfeito e isso deveria fazer de nós mais condescendentes com os nossos erros e com os dos outros, mas isso não impede que nos esforcemos para corrigir os erros e tentar melhorar um pouco mais a cada dia que passa.
"O silêncio é um momento vivificante de graça,
em que a criatura se cala, mas o espírito fala".
Calar sobre sua própria pessoa... É humildade.
Calar sobre os defeitos dos outros... É caridade.
Calar quando estamos sofrendo... É heroísmo.
Calar diante do sofrimento alheio... É covardia.
Calar diante da injustiça... É fraqueza.
Calar quando o outro está falando... É delicadeza.
Calar quando alguém espera "uma palavra"... É omissão.
Calar e não falar palavras inúteis... É penitência.
Calar quando não há necessidade de falar... É prudência.
Calar quando Deus nos fala ao coração... É silêncio.
Cala, diante do mistério que não entendemos... É sabedoria.