sábado, 20 de julho de 2013

Céus, que necessidade absurda é esta de escrever, de libertar-me de não sei o quê, de silenciar a alma, mas o corpo pede para chorar e gritar e preencher esse imenso espaço vazio que ser forma dentro de mim o tempo todo me dizendo: "Grita, grita com todas as tuas forças e serás ouvida!" e eu insistindo que tudo isso não passa de uma mentira ensandecida para me fazer acreditar que, tudo o que era verdade, mesmo sabendo que eram as mais sórdidas mentiras, poderiam se tornar a minha única realidade capaz de me fazer de novo aquela pessoa, que, mesmo tão perdida, tão insana, tão complexa, cheia de segredos, de dores e lamentos, de palavras de vazio e de silêncio, não sabendo quem eu era, mas sabendo que o meu destino era divagar por um abismo profundo onde eu estava perdida, sem rumo, sem norte, criatura tão vulnerável, sensível, que viveu em um tempo de propensão, obscura e perturbada que acreditava na própria insanidade e amava, completamente sem pudor, as palavras e tinha o impulso de a ousadia de fazer amor com elas desejando gerar lucidez de pensamentos para simplesmente encontrar-se e colocar alma e corpo em um só lugar? 
Sinto que, quando eu estava mais perdida, era quando eu estava mais próxima de mim.
Voltei, porque senti saudade de mim...
°Broken°


segunda-feira, 12 de novembro de 2012


Responda-me:
Há de acostumar-se com o vazio da ausência?
Olhe para mim e diz-me quem tu vês,
Porque quem eu era... já não o sou.



quarta-feira, 8 de setembro de 2010


Insane

Sou a vítima da minha própria insanidade.

... Mas você já sabia disto.


domingo, 4 de abril de 2010



Um desejo de saltar mais uma vez me é inevitável!
Sei que a queda é dolorosa, mas a sensação única de pular
e sentir o “frio na estômago”, o vento no rosto,
O sentir-se viva, plena, faz tal loucura valer à pena.
Não é do abismo que me refiro...



quarta-feira, 24 de março de 2010

Tenho deixado o silêncio falar por mim...

Não o que vai, mas o que vem.


sábado, 20 de fevereiro de 2010

.Alma Prolixa.
Mais Clarice, mais palavras, mais dela (em mim).
.
Quanto mais leio Clarice Lispector, mais noto que suas palavras
fazem todo o sentido “em mim”.
Quase atrevo-me a dizer: “ Eu faço parte delas...,
e elas fazem parte de mim”.
"Olhe, tenho uma alma muito prolixa
e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calma e perdôo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre."
(Clarice Lispector)

Recorda-se do que está guardado no fundo do coração. Sim.
Mas estas "coisas" são só lembranças daquele passado distante.
O que não esqueço-me, nunca, é o que está exposto em mim,
ardendo e queimando.
Vincos que ainda sangram...
Que estão à flor da pele,
Feridas da alma que não cicatrizam nunca,
A morte que não conseguiu matar-me,
Embora ela me tenha abraçado por duas vezes.
Não era eu, não era a minha hora para o beijo final.
Alma prolixa, alma inquieta, alma instável,
Alma intensa...
Eu.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Natal...

Esse ano, meu natal veio em silêncio...
E nele permanecerei.
Todos os anos que antecederam à esse,
em quem as ocupações de fim de ano,
fizeram mente, corpo e tempo ocupados em
excesso (o que para mim, sempre foi muito
proveitoso, devo dizer), havia, entre meios,
sempre muito "barulho", muito riso, muitas
palavras, muitos, muitas... e mais!
Sim, eu gosto da magia que essa época do ano tem.
Sim, eu gosto de ver no rostos dos pequeninos o
sorriso e o brilho distintos!
Sim, eu gosto de ver a mudança das cores nas pessoas...
Tudo realmente fica mais "colorido". Dentro e fora.
Sim, eu realmente gosto do Natal.
Mas esse ano, farei diferente. Não hei de saber se será
bom ou ruim, mas será diferente...
Sempre gostei do "diferente"....
Será meu natal "diferente",
Será o natal do meu silêncio.
Ele veio e permanecerá assim.
Esse ano. Talvez só esse.
Não prometo não sorrir e não chorar,
como nos últimos anos o fiz.
Mas prometo que estarei serena, calma e
confiante para o próximo que virá.
Esse ano eu deixo um Feliz Natal...
Com muita paz e serenidade para todos!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009


..."Por que negar que até tu me traíste com a palavra irônica e assoberbada, com o olha corroído de inveja e ódio ao ocultar que a perda não fazia parte da sua estirpe? Negavas com veemência a chegada da tua hora e te empunhavas de rigidez, ignorância, intolerância crua, rudeza de sentimentos e mentiras. Defendia-te a ti mesmo..."


..."Usou-se palavras ferinas, dessas que envenenam o coração, oferecendo munição à todo aquele que não podendo aniquilar seus desafetos, o faria simbolicamente com palavras deletérias."

Ps. A maldade está nos olhos de quem lê.


Textos do "Lobo da Estepe" e net.



.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

"Com uma reverência tão profunda pela Verdade
(em letra maior),
como jamais animou o peito de um homem,
eu limitaria, não obstante,
até certo ponto, seus modos de revelação.
Eu os limitaria para reforçá-los.
Não os enfraqueceria pela dissipação.
As exigências da Verdade são
rigorosas. Ela não tem simpatia pelos loucos. (...)
Deve ser cego de fato
quem não percebe a diferença radical e
abismal que existe entre as
maneiras verídica e poética de revelação.
De ser teórico-maníaco sem
remédio quem, a despeito destas diferenças,
persiste ainda em tentar
conciliar os óleos adversos da Poesia (lúdica)
e da Verdade."

(Edgar Allan Poe)
.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Quem és?


Não sei quem és tu. Não sei por que viestes aqui. Não sei o que procuras.
Não sei o que desejas. Tu me lês em minhas palavras insanas.
Não tente entendê-las. Nem eu as entendo.
Quanto mais tentar, mais entrará no meu labirinto.
Como eu entrei e estou aqui.
Perdi-me.
Perder-se-á comigo.
Ainda quer continuar? Venha. Ou vá.
Não sou normal. Não tento ser. Você o é? Explique-se.
Porque não sei me explicar. Não sei quem sou. Eu sou assim.
Só sei que sou intensa demais, impulsiva demais.
Não sei dizer se é bom ou ruim. Apenas o sou.
É só isso.
Não me tente decifrar. Não me tente.
Não me tente!
Tenho códigos. Segredos.
É muito complexo. Eu sou complexa. E não sei quem você é.
Existimos. Sabemos. Coexistimos.
E é só o acaso.
Agora estamos ligados. Tu e eu. Nessas palavras insanas.
É atração.Ação e reação. Consecutivamente.
É o que lês, o que pensa e o que julgas.
De mim. Esta sou eu.
Insana demais, impulsiva demais, intensa demais, complexa demais.
Sobriamente insana. Ardentemente intensa. Compulsivamente impulsiva.
Perplexamente complexa. E só. Nada mais.
Entendes? Compreendes?
Não sei quem tu és. Não sei o que queres.
Tu me lês? Minhas palavras?
Minhas letras? Segue minhas letras?
Eu sigo a vida.
Apenas acompanho seus passos.
A dança ininterrupta dos dias. Das horas. Do tempo. Dancei.
Dancei até o abismo. Saltei.
Caí no labirinto.
Perdi-me. Encontrei-me.
Estou aqui. Eu sigo a vida.
A vida é insana. Eu o sou. Quem não é?
Somos um pouco de tudo. E um pouco de nada.
Ou o tudo, ou o nada.
E ainda não é o suficiente. Eu sou o nada.
O vazio. O silêncio.
E insisto dizer que não sei quem sou.
Tu sabes quem és?
Eu não o sei.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

De alguma forma, ainda sinto-me perdida.
Sem cor, desfocada. Não sei se encontrei minh'alma
Ou se ela encontrou a mim. Ou se ainda está perdida.
Ou se era apenas uma das mil alma a que tenho direito.
Sinto-me estranha. Incompleta. Eu... sem mim.
Procuro-me em mim sem nunca me encontrar.
E se me perdi para sempre? E se eu perdi todas as
almas? E se elas não quiserem mais voltar?
Estranha sensação de infinito vazio.
Se saí de mim, não era eu, definitivamente.
O que há de errado? O que está faltando?
Um pouco de tudo. Um pouco de mim.


terça-feira, 3 de novembro de 2009

“...Todo mundo tem segredos.
Ou pelos menos as pessoas interessantes.
Nada mais chato que alguém mapeado, retilíneo, constante, bonzinho, doce, amável.
Para mim, só vale a pena quem tem um cadáver no armário, uma sombra perigosa, um poço fundo.
Pessoas simplórias são como muitos dias de sol seguidos: agradáveis e infinitamente entediantes.É a falta de obviedade desperta a curiosidade.
Não é à toa que os mitos nascem da dualidade, da pouca incidência de clareza sobre sua personalidade: ninguém fica embasbacado pela simplicidade do seu Zé da quitanda (no máximo, enternecido).
Somos fascinados pelo que não entendemos, amamos o desconhecido—
por isso mergulha-se à noite, escala-se o Himalaia, come-se fora de casa, trai-se.
Por isso Jennifer Aniston é apenas uma menina doce enquanto Angelina Jolie, uma semi-deusa conturbada.
Por isso os vilões são mais tesudos que os mocinhos:
é só quando ultrapassamos a barreira do familiar, do seguro, que nos tornamos verdadeiramente pessoas.
Menos ingênuas, é certo, mas completas.Ter segredos é viver intensamente, é a prova de que a realidade é muito mais do que nossos forçados sorrisos de bom dia, o escritório claustrofóbico, o saldo negativo.
Ter segredos é ter coragem de arcar com o peso de ser único. Porque quem não se arrisca, não faz besteira, não vive: apenas gasta o tempo que deveria ser aproveitado apaixonadamente.
Apenas caminha sobre os dias rumo à morte.”


(Texto extraído da net)







terça-feira, 20 de outubro de 2009

Divagações..
.
Havia um corpo e uma alma
Visão distorcida
Corpo estilhaçado ao chão,
alma despedaçada no ar
Perdi ambos...
Solidão.
Tempo se foi. Passou.
Sentidos perderam o sentido, sem sentido
Sentimentos e pensamentos...
...Distorcidos
Lamento.
...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009


Breathe

Deixei-o ir, pouco a pouco.
Afinal, de nada servia mantê-lo dentro em mim.
Doía mantê-lo, contorcia-me com sua presença e com sua falta.
Para quê retê-lo?
...
Se ele voltaria para mim sempre e sempre, em aromas diferentes
E eu o saborearia em minhas entranhas de todas as formas possíveis?
Para quê apressar-me?
Esperei o momento exato.
....
Então, abri todo o meu ser para que pudesse estar em mim novamente.
Enchi minhas mãos e meus olhos e dele provei mais uma vez
Toda a sua plenitude.
Senti um pouco a vida.
E ele era a vida.
...
Era um preenchimento do que antes, não tinha nada.
Gostava dele em mim.
Fechei meus olhos.
Hora de ir. De novo.
Breathe... again...
...

terça-feira, 6 de outubro de 2009


Tudo novo de novo.
.
Depois de testar uma infinidade de templates,
Cores, html’s, figurinhas e outras “cositas mas”,
Cheguei à conclusão:
E gosto de PRETO!!!






segunda-feira, 28 de setembro de 2009

"I'm selfish, impatient,
and a little insecure.
I make mistakes,
I'm out of control and at times
I'm hard to handle.
But if you can't handle me at my worst,
then you sure as hell don't deserve me at my best."


Marilyn Monroe

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

"De passagem."


Pensei na vida,
E na ausência dela.
Não exatamente na morte (ausência completa),
Mas na vida em todo o seu contexto,
Em toda sua plenitude,
Em toda a sua perfeita imperfeição.
Pensei na morte.
E na ausência dela.




A vida.
Tu vives e morres um pouco a cada dia.
Não aquela morte do fim, mas o fim de cada dia. É inevitável.
Flertaste com a morte, eu sei, mas ela nunca olhou diretamente para ti..
Ela evitou teus olhos, mas sempre esteve sempre atenta às tuas atitudes.
Ela espera, apenas, o momento que tu venhas a distrair-te com a vida,
Para tomar-te em seus braços e apossar-se do que lhe é de direito:
"A própria vida."
Não aconteceu. Ainda. Obviamente.

A morte.
Ela avança sorrateira, um pouco a cada dia.
Há que se viver teu dia como se fosse o prelúdio para o próximo amanhã,
Vive-o com toda a plenitude e imperfeição que lhe é de direito.
Use-o com sabedoria, pois a vida olha e sorri diretamente para ti,
E está atenta às tuas atitudes e ao momento.
Se este dia se foi,
Morreu.
Mas não será esquecido. Só não existirá mais.
Caberá somente a ti escolher se a morte do teu dia será com um sorriso
Ou com uma lágrima.
A morte faz parte da vida e a vida faz parte da morte.
A morte de cada dia.
Acontece todo o dia.

domingo, 2 de agosto de 2009



Despi minh’alma para o último sentimento sepultado no coração.
O desafeto.
Recebi-o de braços abertos, e que se fizesse festa dentro em mim
por uma e última vez.
Mas era o desafeto... Queria algo de mim que não o podia dar-lhe.
Então roubou-me.
Traiçoeiro.
Supliquei-te: Traga-me de volta, devolva-me o que levaste de mim, sem piedade.
Ouvi o eco na escuridão. Querias matar-me, por certo.
Não era imortal, nem era mortal. Não era a sombra, o vazio. Era o nada.
Supõe que faças uso do que me pertence contra mim?
Lembre-se de que conheço perfeitamente as armas que agora detém.
Eram minhas.
Não fui ingênua ao oferecer-te abrigo. O fiz porque era preciso.
Não houve sacrifício, houve veracidade.
Era apenas o último sentimento.
Não era nada.

Esta noite, deixarei minha porta aberta...

quinta-feira, 2 de julho de 2009


Póstumo

Não restou mais nada... De nada.
Não havia mais solidão...
Nem tristeza...
Nem o vazio...
Não havia mais lágrimas, nem medo, nem escuridão...
Cessou-lhe as palavras, os sentimentos, a emoção...
Esgotaram-se as esperanças...
Os pensamentos...
Os sons, as batidas...
Do coração.
Do coração...
Então não digo nada, com coisa alguma.
Repito: “Nada, com coisa nenhuma”.



Ps. Minhas condolências à minha alma morta.

“Se alguém perguntar por mim,
Diga que só vou voltar
Quando puder me encontrar...”

terça-feira, 16 de junho de 2009



Palavras que amo... todas.
(Quase todas)!
Cultas, ocultas, abstratas, sozinhas, acompanhadas...
Nas entrelinhas, caladas.
Reticentes, entre parênteses
Sussurradas...
Ensandecidas, efêmeras, enfadonhas, evasivas...
Desmazeladas...
Difusas, confusas, tolas, capciosas, provocáveis...
Amargas... (e nem tanto)...
Instáveis...
Censuradas...
Aleatórias, estúpidas, bem ditas, malditas, infinitas...
Vãs...
Melancólicas...
Letárgicas...
Nostálgicas...
Sádicas...
Amo-as. Amo-as!